Publicado em: 03/12/2019 16:57 | Fonte/Agência: CIMSAÚDE | Autor: CIMSAÚDE
Em funcionamento desde o início de 2017 no Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde), o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) vem garantindo bons resultados junto aos pacientes atendidos. Semanalmente são 16 os pacientes encaminhados, entre hipertensos e diabéticos de alto risco junto ao ambulatório de Ponta Grossa. Para o médico endocrinologista, Fabricio Cassis Galan, que é um dos profissionais da equipe multidisciplinar da Rede MACC, o trabalho em equipe, como em qualquer ambiente profissional, é fundamental para o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde. “É uma engrenagem laboral que se inicia nos municípios que encaminham seus pacientes”, explica.
No caso da Rede MACC, o médico destaca que o principal “resultado” é o controle das doenças, já que, na maioria dos casos, não há cura. “O que temos que garantir é a melhoria dos sintomas, sejam eles clínicos ou laboratoriais, além da qualidade de vida dos pacientes que deve melhorar”, avalia.
Qualidade de vida, aliás, é um dos motivos que o serviço da Rede MACC traz de resultado para os pacientes. “É muito gratificante quando vemos a evolução. Isso não tem preço”, avalia o endocrinologista.
Para a Rede MACC, os municípios de Castro, Palmeira, São João do Triunfo, Sengés, Jaguariaíva e Ponta Grossa é que encaminham pacientes. “Estes são os municípios acordados junto à 3ª Regional de Saúde”, explica a diretora do CimSaúde, Pâmela Costa, lembrando que para os processos de estratificação, os municípios devem passar por capacitações e contar com um mínimo de 50% dos pacientes estratificados por linhas de cuidado.
As Redes de Atenção à Saúde funcionam com a atuação de equipes multidisciplinares que garantem o atendimento dos pacientes como um todo. “Não é tratada só uma doença ou um exame alterado, mais sim o paciente”, esclarece o médico endocrinologista. A Rede MACC conta em sua equipe com enfermeira, psicóloga, assistente social, nutricionista, farmacêutica, endocrinologista e cardiologista.
Conforme o médico, esta equipe é fundamental para o tratamento de doenças crônicas. “Geralmente não é somente a diabetes que temos que tratar, mas também as demais disfunções que acarreta, como colesterol alto, obesidade, perda de sono, entre outros”, avalia, citando que o Brasil tem mais de 16 milhões de diabéticos, sendo o 5º do mundo com o maior número de casos. “E ainda temos 20% da população obesa ou com sobrepeso”, completa.
Orientação
Além da abordagem multidisciplinar no tratamento dos pacientes, Galan destaca outro diferencial das Redes, a orientação aos pacientes. “Acredito em dois grandes pilares do trabalho de Rede nestes casos”, avalia o médico endocrinologista, citando a educação e a nutrição.
O profissional destaca a educação quanto ao uso da insulina, por exemplo. “Isso pode fazer toda a diferença no tratamento”, destaca. A conservação correta, a aplicação correta além dos cuidados com a insulina. “Essas são informações que todo paciente diabético deve ter”, avalia.
Quanto a nutrição, Galan destaca que o paciente deve ter o “ponto de equilíbrio”. “Não é com um monte de restrições que o paciente irá melhorar, mas sim com equilíbrio na alimentação”, finaliza.
ALGUNS CUIDADOS COM A INSULINA
- Seu armazenamento deve ser na geladeira, dentro da gaveta das verduras. A porta da geladeira, onde pacientes costumam armazenar há instabilidade do calor, o que afeta a conservação do medicamento;
- A insulina deve ser conservada na geladeira por no máximo 30 dias;.
- Os locais de aplicação da insulina no corpo devem ser alternados;
- Seringas e Agulhas nunca devem ser reaproveitadas.